25 de ago. de 2012

Expectativas e Decepções

Só nos decepcionamos com as pessoas porque criamos expectativas a respeito delas e, essas expectativas nada mais são do que o interesse sobre algo que elas possam nos destinar, podem ser interesses materiais, sentimentais, pequenos, grandes, corriqueiros ou eventuais.

A convivência com o próximo só se torna possível quando sabemos de antemão que somos imperfeitos e, dentro dessa imperfeição, é óbvio que sempre encontraremos no outro, sentimentos, atitudes e valores diferentes dos nossos. Cada um é como é, assim como nós, falhos e imperfeitos.

Todos nós cometemos enganos, somos injustos, erramos e possuímos alguma característica que para uns pode ser atrativa, enquanto que para outros, se torna antipática.

Nossas decepções acorrem quando colocamos em evidência algum tipo de ‘interesse’ ou esperamos uma ‘recompensa’ por aquilo que oferecemos, por imaginarmos que o retorno que viria seria o mesmo que daríamos em situação inversa, ou aquele que idealizamos receber.

Somos seres individuais e únicos, possuímos necessidades e conceitos semelhantes e afins, mas não somos idênticos.

Por isso, fazer algo esperando retribuição, é sempre frustrante, não porque o outro é ingrato, mas porque os valores e atitudes variam de pessoa para pessoa.

Na verdade, não é o outro que nos decepciona e frustra, somos nós que nos decepcionamos e nos frustramos, quando o retorno que esperamos receber, não é o mesmo que idealizamos.

Devemos nos relacionar com os outros desinteressadamente, pelo simples prazer de conviver e conhecer outros conceitos, necessidades, gostos, pontos de vista, receios e experiências individuais, dando o melhor de si mesmo de uma maneira que não agrida suas convicções, sendo verdadeiro consigo mesmo e com aqueles que compartilham conosco nossos momentos.

Esqueça e nem espere encontrar satisfação plena e total conivência de ideias e princípios, porque se formos nos relacionar somente com aqueles que correspondem 100% as nossas expectativas, é certo que estaremos fadados a viver na solidão.

By Nádia Tayar

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