Sensibilidade é tudo! É a capacidade de discernir, perceber, ter sensações. Quando a sensibilidade fica mais acentuada, a camada fica mais grossa. Quando está menos densa, ela tende a afinar. Mas essa camada tem ainda outro fenômeno: pode enrijecer. Isso acontece, por exemplo, quando não queremos sentir dor. Enrijece para essa energia desagradável não fluir com facilidade. Trata-se de uma defesa.
A cada sensação negativa que passamos, anéis de insensibilidade ou de rigidez vão sendo criados na aura. É o caso da frigidez, um dos maiores tabus da humanidade. Como moralmente a mulher era proibida de sentir prazer, ela, inconscientemente, enrijecia a região genital e apenas servia ao parceiro, visando exclusivamente à procriação. Por isso, até hoje, é comum muitas mulheres não conseguirem atingir o orgasmo. É o doentio valor moral perpetuando-se nas gerações.
Os tempos mudaram, mas as pessoas continuam tentando enquadrar-se em padrões sociais. Nessa tentativa de adaptação, acabamos nos afastando de nossa natureza. Assim, vamos deixando os instintos de lado, até ficarmos com várias zonas enrijecidas.
Isso faz mal à saúde. Precisamos mudar certas ideias e crenças e parar de dar muito poder aos outros. É importante entender que, ao se impregnar de rigidez, você perde o ponto mais importante do equilíbrio humano: a posse da realidade. Sem ela, você se desequilibra, pois passa a viver de acordo com o que diz a cabeça e não os sentimentos.
Sem sensibilidade, a vida fica sem graça. Se você quer estar bem, comece a viver o seu natural. Não estou falando do normal, viu? Para a sociedade, o normal é viver de forma contida. Ela censura e vê com maus olhos quem vive e sente o prazer. Só são bem-vindos o sacrifício e a dor. É preciso amolecer essa rigidez para viver em paz consigo mesma e aproveitar, ao máximo, tudo o que a satisfaz. Acima de tudo, busque seu prazer!
Luiz Gasparetto
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